Invisibilidade Trans.

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Fonte: Google.



Invisibilidade Trans.

Várias vezes eu já ouvi, de amigas até, que mulheres trans/travestis estão se prostituindo porque querem.

Bom, acho que está de na hora de mostrar um pouco de realidade pra essas pessoas que claramente vivem dentro do seu próprio mundinho.

Primeiro e mais IMPORTANTE, o BRASIL, como eu já falei diversas vezes no blog e nos vídeos, é o país que mais MATA pessoas trans, AO MESMO TEMPO QUE é o país que mais procura termos como “shemale, travesti” e etc em sites de pornografia.

Não, mulheres trans/travestis não estão na prostituição PORQUE ESCOLHERAM, estão porque não tem outras oportunidades.

Da escola/faculdade, nós somos expulsas.

Mesmo tentando entrar nesse ambiente, tudo nos impede. 

Começa quando pedimos nosso nome social para a direção e eles negam, depois, quando entramos na sala de aula e somos humilhadas dos mais diversos jeitos por alunos, além disso, existem as atividades em grupo onde nunca somos escolhidas.

Existem também as aulas de educação física, onde após ela não podemos usar o vestiário feminino e também tem a questão do banheiro, onde temos que esperar chegar em casa para poder usa-lo afinal se entrarmos no banheiro feminino seremos motivos de chacota, e se entrarmos no masculino iremos apanhar. (Lembrando que existem algumas exceções de escolas e faculdades que tem a mente mais aberta).

Da família, muitas vezes, somos expulsas, ou se não fomos expulsas, somos motivos de piada por meio dos próprios parentes, que além de não nos tratarem no pronome feminino, também não respeitam nosso nome social.

Além disso, existe toda a sociedade em si que quando procuramos empregos somos negadas.

O simples fato de andar na rua torna-se perigoso para gente, afinal para a sociedade mulheres trans/travestis são criaturas da noite e objetos de fetiche dos homens.

Acho que com esse texto, esta bem esclarecido que NÃO, mulheres trans/travestis NÃO estão apenas escolhendo a prostituição.

A vida de uma mulher trans/travesti, é, na maioria das vezes, uma sequência de: “se assumir” para a família, sair da escola por medo, ser expulsa de casa ou querer sair de casa para não sofrer mais preconceito, tentar encontrar empregos, ser negada de todas as formas e ser OBRIGADA a se prostituir.

Queria deixar claro também que existem exceções, ou seja, existem escolas/faculdades mais abertas, e famílias acolhedoras, e também existem mulheres trans/travestis que escolheram a prostituição como profissão, assim como também existem mulheres cis que também escolheram a prostituição como profissão. 

Estou apenas falando o que acontece com a GRANDE maioria, afinal 90 por cento das mulheres trans/travestis estão na prostituição.

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